Eleições Antecipadas
A derrota inesperada e pesada demais frente ao Casa Pia em Rio Maior intensificou o tema das eleições antecipadas. É normal. Perante o caos que se tornou a nossa gestão e comunicação, há que ser solidário com a consciência dos sócios e adeptos e ter sensibilidade suficiente para acolher o sentimento que hoje lhes corre na alma. Não é algo que se deseje. É um misto de raiva com dor.
Tenho respondido a todas as interações que me fazem chegar, diretas e indiretas, sobre a possibilidade de eleições antecipadas. E mantenho a minha visão e posição firmes com base nos seguintes tópicos, uns mais prioritários que outros, consoante o ponto de vista de cada sócio:
- é inadmissível que venham a existir eleições antecipadas no Sport Lisboa e Benfica sem que o processo de Revisão Estatutária esteja completamente finalizado, o que irá suceder dentro de breve com a minha aposta para o mês de Março, num sábado ou domingo, em dia de jogo no nosso Estádio. Relembro que a redação dos Estatutos que se encontra presentemente em consulta pública (https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2025/01/18/clube-benfica-estatutos-proposta-final-disponivel-para-consulta-dos-socios?srsltid=AfmBOoqA0EOjY8QbE0tgQXPm4WMfEaPyoi0atTCpZZ19vQCO2y3TO42y) resulta daquilo que os sócios quiseram e decidiram desde Setembro de 2024 através de várias sessões de Assembleia Geral. Como não me canso de dizer, escrever e manifestar: respeite-se, em primeiro lugar, sempre e acima de tudo, a vontade e determinação dos sócios do Sport Lisboa e Benfica;
- não pode haver eleições antecipadas, ou qualquer outro ato eleitoral no futuro do Sport Lisboa e Benfica, sem um Regulamento Eleitoral digno à imagem da nossa grandiosa Instituição. Um regulamento eleitoral democrático que implemente, entre outros procedimentos e termos, os necessários debates entre candidatos, o acesso a cadernos eleitorais, a descodificação de como se irá processar a segunda volta em caso de necessidade, entre outras obrigações;
- o cenário de eleições antecipadas terá por base, à partida e salvo melhor opinião, um de dois cenários: a 1) renúncia aos cargos por parte dos membros da direção do Sport Lisboa e Benfica ou a 2) revogação do mandato destes mesmos membros com justa causa;
- na primeira possibilidade, a partir do momento em que houver renúncia deliberada e voluntária por parte dos dirigentes, o processo do futuro ato eleitoral antecipado passa a estar sob controlo da mesa de Assembleia Geral que é solidária com ... a própria direção. Portanto, é de extrema relevância não atribuir essa possibilidade de controlo processual à direção renunciante. Daí a implementação de Listas Separadas ter sido uma das melhores novidades conforme aprovado pelos sócios para os novos Estatutos que estão prestes a chegar. Passa a existir pura DEMOCRACIA e FISCALIZAÇÃO com o Sport Lisboa e Benfica em PRIMEIRO lugar;
- já a segunda possibilidade de revogação dos mandatos exige a convocação de uma Assembleia Geral para analisar a pretensão de tal revogação com justa causa. Sucede que, ao abrigo da solidariedade já referida nos parágrafos anteriores, os resultados desportivos (negativos) não serão aceites pelo Presidente da Mesa de Assembleia Geral como justificação para a revogação. Isto já aconteceu noutras entidades desportivas em Portugal e em momentos mais convulsivos.
Estão os sócios presos e sem opção de recurso perante a desordem que se vive? Não! Simplesmente não podemos permitir que o cenário de eleições antecipadas fique nas mãos, controlo e poder dos próprios visados ao abrigo de uns estatutos doentes e enfermos como os que (ainda) estão em vigor. Já lhes demos poder suficiente para chegarmos ao ponto em que estamos hoje.
Mudamos primeiro a nossa constituição, fortificamo-la, tornamo-la mais democrática e protetora dos direitos dos sócios. Depois avançaremos para a exigência sob os nossos próprios termos e condições. Já se sabe quem manda: os SÓCIOS!
*Viva o INCOMPARÁVEL SPORT LISBOA E BENFICA!*