A Luz da Democracia Benfiquista

No sábado passado fomos bafejados pelo calor da democracia benfiquista. Os sócios sentiram novamente o que é ter poder. Que a sua opinião conta e faz diferença. A luz da união benfiquista sente-se perfeitamente: é quente, harmoniosa e familiar.

Devido à sensibilidade e relevância dos temas em debate para aprovação naquele que foi um sábado frio e invernal, é normal a pretensão da presença do maior número de consócios possível. Mas jamais se poderão condenar ausências. As vidas pessoais e profissionais de cada um de nós, sócios, não serão sempre conciliáveis com todos os atos e eventos de união benfiquista.

Cada um de nós não é mais, nem menos, por estar mais ou menos presente. Cada um vive o seu benfiquismo à sua maneira. Enquanto sócio, cumpre-me batalhar para promover os atos que englobam a participação dos meus consócios e reforçar que não se deve medir benfiquismo entre participantes e não participantes. Todos temos que trabalhar no sentido de aumentar e garantir a participação ativa dos sócios na vida associativa do Glorioso fora de atos eleitorais.

O resultado desta Assembleia foi francamente positivo pelo resultado já conhecido mas existem outras lições de enorme valor para a Direção do único e Glorioso Sport Lisboa e Benfica: 1) não devem recear aquilo que os sócios pensam e querem para a nossa Instituição; 2) as assembleias constituem a grande oportunidade dos sócios se fazerem ouvir num mundo cuja comunicação pessoal é feita cada vez mais à distância e por meios digitais; 3) que encarem as assembleias como oportunidade única para ouvirem e medirem o pulso aos sócios, no que é bom e mau, pois quem considera que executa bem o seu trabalho, não deve ter medo do escrutínio e terá sempre oportunidade para esclarecer.

Meus Caros, o processo da revisão estatutária não está fechado. Falta a convolação das várias contribuições dos sócios num único documento pela mesa da assembleia geral e respetivos serviços administrativos do Sport Lisboa e Benfica. Só depois passaremos à aprovação final em voto físico nas urnas do nosso querido Estádio e, espero, com a análise e controlo por parte de representantes indicados pela direção, pela comissão de revisão estatutária e pelo movimento “Servir o Benfica”.

Para já, sinto-me orgulhoso pela Direção ter concedido a oportunidade de podermos todos integrar a história do Sport Lisboa e Benfica e por ter sido esmagadoramente intencionado pelos meus consócios (acima dos 82% dos votos) a implementação de uma 2.ª volta em futuros atos eleitorais e que abrirá a pluralidade, a apresentação de listas independentes para todos os órgãos sociais e que acarretará maior transparência e, por fim, a realização de uma assembleia geral anual para debater a gestão executada por cada época desportiva que terá efeito deliberativo final, nem que seja por moção de censura ou voto de louvor.

Até o futuro das Casas do Benfica (que desempenham um papel reconhecidamente aglomerador de fervor benfiquista) se tornou mais risonho. Agora, sem o peso da dúvida e incerteza que incidia sobre o seu direito ao voto, caberá às direções do Clube, num ambiente de completa transparência, ter que debater e projetar a fórmula que o Sport Lisboa e Benfica deve encontrar para a sustentabilidade e crescimento das Casas. A relevância das Casas nunca se provou pelo seu direito ao voto, mas sim por constituírem um espaço de união familiar espalhadas pelo país e restante mundo!

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